sábado, 25 de junho de 2011

OPINIÃO

O CAMPEONATO COMEÇA MAL



Clube deverá recorrer do «caso Kléber»
Por Ricardo Nuno Abreu


O Marítimo deverá recorrer para o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol da decisão de arquivamento ao alegado aliciamento a Kléber, por parte da Comissão Disciplina da Liga de Clubes. Recorde-se que o clube madeirense acusou o FC Porto de aliciar o avançado Kléber durante a época passada, quando este cumpria o segundo ano de empréstimo no Marítimo.


No entanto, o órgão da Liga optou por arquivar o processo, uma decisão que desagradou ao presidente do Marítimo, Carlos Pereira.Caso o recurso avance mesmo, será mais um capítulo de uma «novela Kléber», que já tinha começado na última pré-temporada do Marítimo, e que parece não ter fim próximo à vista.Paralelamente ao processo interposto nos órgãos nacionais, corre ainda outro processo na FIFA, do qual ainda não chegou um veredicto.

retirado da BOLA

por JBS

OPINIÃO

O FUTEBOL É UMA BOA FONTE DE EDUCAÇÃO.
Por João Brito Sousa

Infelizmente, o que se vê, são notícias como a que vai a seguir.


"João Havelange foi presidente da FIFA entre 1974 e 1998 e terá recebido, em 1997, um suborno de 1 milhão de dólares.

A Comissão de Ética do Comité Olímpico Internacional (COI) está a investigar o brasileiro João Havelange, ex-presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA) e decano entre os membros do COI, segundo a edição de sexta-feira do jornal The Guardian.

No passado mês de Novembro, depois da difusão de um programa na rede de televisão BBC sobre presumíveis casos de corrupção na FIFA, o COI havia anunciado que a sua Comissão de Ética iria investigar o possível envolvimento dos seus membros citados no programa.

De acordo com o The Guardian, a investigação estende-se, agora, ao brasileiro João Havelange, presidente de honra da FIFA, que a dirigiu de 1974 a 1998 e que é citado num segundo documentário da BBC, divulgado no mês passado, num possível caso de suborno.

«Sempre dissemos que, com a política de tolerância zero sobre corrupção, todas as eventuais provas são levadas em consideração, quando são apresentados argumentos contra os membros do COI», declarou na sexta-feira uma porta-voz do Comité Olímpico Internacional, Emmanuelle Moreau, ouvida pela AFP.

«A Comissão de Ética dará prosseguimento à investigação. Recebeu documentos da BBC e está a verificar a sua autenticidade», destacou a porta-voz, precisando que «a comissão faz seu trabalho de forma independente e enviará suas recomendações à Comissão Executiva do COI no devido momento».

A BBC, que investiga há quase dez anos a corrupção na FIFA, destacou no seu último documentário as relações entre Havelange e a International Sports and Leisure (ISL), uma empresa de marketing que havia obtido exclusividade de direitos, durante vários Mundiais, até sua liquidação, em 2001. Segundo o canal, o ex-presidente da FIFA teria recebido, assim, um milhão de dólares em 1997.

O primeiro documentário falava de pagamentos ilegais entre 1989 e 1999, por 100 milhões de dólares, que teriam servido para corromper altos dirigentes da FIFA, entre eles o brasileiro Ricardo Teixeira ou os presidentes das Confederações Africana e Sul-Americana, Issa Hayatou e Nicolás Leoz, respectivamente.

Blatter teve problemas de candidatura, um candidato à substituição de Blatter na FIFA, teve problemas.


Mas o pior de tudo é que nada disto foi corrigido e o futebol ficou mal colocado, o que não pode ser.


JBS

sexta-feira, 24 de junho de 2011

OPINIÃO








O FC PORTO JÁ ESTÁ A GANHAR ?
Por SAPO Desporto c/ Lusa

Não podemos pactuar com falta de seriedade, dissse Carlos Pereira, que lamenta a forma como foi conduzido o caso Kléber. O presidente do Marítimo acusou hoje a Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional de “branqueamento”, com a decisão de arquivar o processo no qual os insulares acusavam o FC Porto de aliciamento do avançado brasileiro Kléber. Em declarações à agência Lusa, Carlos Pereira não poupou a direcção do organismo, que no seu entender se mostra “indiferente” às decisões daquele órgão disciplinar.
Houve branqueamento. A Comissão Disciplinar agiu como o sabão numa máquina de lavar. Como diz o anúncio publicitário de uma marca de sabão, ‘branco mais branco não há’ e foi isso mesmo que eles fizeram”, acusou o dirigente




Carlos Pereira afirmou que esta situação leva o Marítimo a “perder toda a confiança nas instituições:" “Não podemos pactuar com toda esta falta de seriedade das pessoas», desabafou o líder maritimista. O processo do jogador chegou à Liga, depois de o Marítimo ter considerado que Kléber “foi aliciado pelo FC Porto”, no ano passado, durante a pré-época. Então, o jogador recusou treinar, temendo uma lesão que inviabilizasse a transferência para o Dragão, tal como chegou a admitir publicamente, por diversas vezes. Sem ter realizado a pré-época, o rendimento do avançado brasileiro foi afectado, até que em Janeiro passado, na reabertura do mercado, o jogador voltou a interiorizar a possibilidade de deixar o Marítimo, clube onde jogava por empréstimo do Atlético de Minas Gerais. Nesse período, surgiu o Sporting a oferecer 2,5 milhões de euros pela compra do seu passe, proposta entretanto recusada pelo emblema brasileiro, alegando ter um compromisso com o FC Porto.




Face ao sucedido e fazendo valer uma cláusula no contrato de empréstimo, o Marítimo fez oferta idêntica à dos “leões”, também recusada pelo clube brasileiro, numa altura em que as relações entre os dois emblemas era tensa. O avançado continuou na Madeira até ao final da época 2010/11, mas o Marítimo decidiu queixar-se na Liga e na FIFA, aguardando agora pelo desfecho do processo introduzido no organismo máximo.




ACÇÃO JUDICIAL CONTRA CARLOS PEREIRA por «falsidade e gravidade«.
Por SAPO Desporto c/Lusa

Numa entrevista ao jornal A Bola, o presidente do Marítimo teceu duras críticas ao FC Porto.

O FC Porto anunciou hoje a intenção de «instaurar de imediato uma acção judicial» ao presidente do Marítimo, Carlos Pereira, dada a «falsidade e gravidade» de algumas das suas declarações ao jornal A Bola. «A acção intentada pela FC Porto - Futebol, SAD não invalida outras, que possam ser levadas a cabo pelas pessoas atingidas, em termos individuais», refere ainda o comunicado divulgado no sítio dos ‘dragões’. Em causa estão declarações proferidas pelo presidente do Marítimo, Carlos Pereira, num entrevista publicadas na edição de sábado de A Bola, em que questiona, nomeadamente, algumas contratações do FC Porto. «Por exemplo, o Ferreira, o Ezequias, a contratação do Beto, esta do Kléber. Penso que o Ministério Público tem muito para fazer nesta área analisando e confrontando datas, valores, desportivos e pagos», afirmou Carlos Pereira.



O presidente do clube insular põe em causa a transparência da transferência do avançado brasileiro Kléber, que está emprestado pelo Atlético Mineiro ao Marítimo e na próxima época vai para o FC Porto. «Como é possível que o presidente do Atlético Mineiro venha afirmar, de viva voz, que o valor oferecido pelo FC Porto era superior ao do Sporting? Onde para o dinheiro? No saco azul?», questiona. Carlos Pereira diz que o «FC Porto usa as pessoas como se fossem guardanapos, limpa e deita fora», e adianta ainda que já tentou ajudar o Ministério Publico a descobrir o que se passa em algumas transferências. Numa entrevista de três páginas, Carlos Pereira diz ainda que já viu Alexandre Pinto da Costa (filho com quem Pinto da Costa estava desentendido) na tribuna do FC Porto e que «agora já só resta ver [Luís] Filipe Vieira», presidente do Benfica.



Carlos Pereira desvaloriza as ameaças que diz ter recebido, com um «basta à intimidação», e desafia os visados: «Se tiverem coragem podem enfrentar-me que não fujo» é o título da segunda parte da entrevista.


MEU COMENTÁRIO:

Escrevi no jornal "O Olhanense", em tempos, o seguinte: O futebol criou o seu próprio mundo e seu próprio modelo de funcionamento. E onde não é possível dizer, peremptoriamente, vou ganhar. E há quem o diga. Talvez inconscientemente. Porque o futebol é diferente do mundo empresarial, apesar do mundo do futebol ter muito a ganhar com o rigor e o profissionalismo na gestão do capital humano que existe em algumas empresas. Mas isto não significa que o que se faz nas empresas possa ser aplicado directamente ao mundo do desporto.




Existe um conjunto de factores específicos que desaconselham a «adopção» mas aconselham a «adaptação». Estou certo de que as empresas também tinham a ganhar se olhassem para algumas experiências que têm acontecido nos clubes desportivos como uma fonte de aprendizagem. De qualquer forma, hoje na gestão sabe-se que a emocionalidade e a racionalidade não existem uma sem a outra. Provavelmente, existe mais emocionalidade nas empresas do que aquilo que julgamos e também mais racionalidade nos clubes do que aquela que parece existir numa primeira análise.


O problema maior do futebol é o ganhar, são as vitórias que se prometem e muitas vezes não é possível fazê-lo. Venho para ganhar, ouve-se ás vezes. Sou um líder, também se ouve. Mas o futebol é dentro do campo e é aí que tudo se resolve. E é isto que os dirigentes têm de entender. Porque às vezes a bola bate na trave. E as consequências revêem-se nas assistências no campo. Que são necessárias, sobretudo a quem está a jogar. Para ganhar. Mas para que isto aconteça tem de haver muita vontade e empenho, uma boa liderança dos primeiros responsáveis e grande unidade, de cima até baixo, ou seja, desde o Presidente ao roupeiro, com todo o respeito.


O futebol fala em milhões. E organizou-se.


Espero que esta troca de acusações entre o Presidente do Maríitmo e da SAD do FC Porto, tenha um fim que dignifique todos, incluindo o futebol, logicamente.


JBS