O FUTEBOL É UMA BOA FONTE DE EDUCAÇÃO.
Por João Brito Sousa
Infelizmente, o que se vê, são notícias como a que vai a seguir.
"João Havelange foi presidente da FIFA entre 1974 e 1998 e terá recebido, em 1997, um suborno de 1 milhão de dólares.
A Comissão de Ética do Comité Olímpico Internacional (COI) está a investigar o brasileiro João Havelange, ex-presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA) e decano entre os membros do COI, segundo a edição de sexta-feira do jornal The Guardian.
No passado mês de Novembro, depois da difusão de um programa na rede de televisão BBC sobre presumíveis casos de corrupção na FIFA, o COI havia anunciado que a sua Comissão de Ética iria investigar o possível envolvimento dos seus membros citados no programa.
De acordo com o The Guardian, a investigação estende-se, agora, ao brasileiro João Havelange, presidente de honra da FIFA, que a dirigiu de 1974 a 1998 e que é citado num segundo documentário da BBC, divulgado no mês passado, num possível caso de suborno.
«Sempre dissemos que, com a política de tolerância zero sobre corrupção, todas as eventuais provas são levadas em consideração, quando são apresentados argumentos contra os membros do COI», declarou na sexta-feira uma porta-voz do Comité Olímpico Internacional, Emmanuelle Moreau, ouvida pela AFP.
«A Comissão de Ética dará prosseguimento à investigação. Recebeu documentos da BBC e está a verificar a sua autenticidade», destacou a porta-voz, precisando que «a comissão faz seu trabalho de forma independente e enviará suas recomendações à Comissão Executiva do COI no devido momento».
A BBC, que investiga há quase dez anos a corrupção na FIFA, destacou no seu último documentário as relações entre Havelange e a International Sports and Leisure (ISL), uma empresa de marketing que havia obtido exclusividade de direitos, durante vários Mundiais, até sua liquidação, em 2001. Segundo o canal, o ex-presidente da FIFA teria recebido, assim, um milhão de dólares em 1997.
O primeiro documentário falava de pagamentos ilegais entre 1989 e 1999, por 100 milhões de dólares, que teriam servido para corromper altos dirigentes da FIFA, entre eles o brasileiro Ricardo Teixeira ou os presidentes das Confederações Africana e Sul-Americana, Issa Hayatou e Nicolás Leoz, respectivamente.
Blatter teve problemas de candidatura, um candidato à substituição de Blatter na FIFA, teve problemas.
Mas o pior de tudo é que nada disto foi corrigido e o futebol ficou mal colocado, o que não pode ser.
JBS